tag:blogger.com,1999:blog-70336287660418751462024-02-06T21:01:41.551-08:00.::ORFEU::.ORFEU - Oficina de Representação e Fábulas do EUORFEUhttp://www.blogger.com/profile/01540840488482255648noreply@blogger.comBlogger32125tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-85668292122201650692013-06-24T14:32:00.002-07:002013-06-24T18:39:20.840-07:00<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div align="center" class="MsoNormal">
<b><u><span style="font-size: 16.0pt;">A Noite Perdida<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Temos todo o tempo do
mundo...<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>...mas não temos tempo
á perder!<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 11.0pt;">Renato Russo - Tempo Perdido<u><o:p></o:p></u></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;">Odiava ir dormir se sentindo um lixo, embora dormir
não seja a palavra correta, já que não dormia há várias noites, só de dia,
quando dava. Então corrigindo: Odiava ir deitar se sentindo um lixo! Fumava
cigarros um atrás do outro como se fosse um condenado esperando a execução. E
não era isso? E não somos isso? Todos condenados esperando o momento decisivo,
aquele momento para quais todos nascemos: a morte? Também ouvia músicas
deprimentes, melancólicas, que falavam de solidão e dor, da vida e da falta de
amor. Ouvia atentamente tudo, todas as palavras ditas nas músicas como se
ouvisse um amigo, aquela voz que conversa contigo quando ninguém mais conversa,
quando ninguém mais tem nada pra te dizer, ou quando você simplesmente perceber
que não precisa mais ouvi-las. Tentava assistir alguns filmes, mas em vão. A
vida dos outros, reais ou não, não lhe importava tanto assim. Estavam todos tão
perdido quanto ele, com a diferença que para eles o final seria feliz, ou se
fosse infeliz, pelo menos teriam um final. Para ele só havia um final pra
todos, e não precisava dizer qual, todos sabiam, mas ignoravam. Todos fingem
ser imortais, fazem planos, desperdiçam tempo como se tivesse uma eternidade.
Assim como ele estava desperdiçando mais uma noite...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;">A
noite mal começara e depois de vários cigarros, músicas e começos de filmes,
ele resolveu tomar um banho pra tirar a sujeira do corpo, já que a da alma não
conseguia. Não que sua alma fosse suja, ao contrário, julgava ser a alma mais
limpa do mundo, e era, se comparada as coisas que via nas almas dos outros, a
sua alma era limpa até demais. Mas queria tirar toda essa sujeira dos outros,
acumulada em sua alma, e não conseguiria isso com um banho. Mas tomou assim
mesmo, tudo como manda o figurino: orelhas limpas pra ouvir mentiras imundas,
olhos lavados para ver a crueldade humana, lavar as mãos para apertar mãos
sujas e enganadoras. Lavou-se todo, secou-se e todos os “-se” que existem num
banho comum, com uma exceção: nunca se olhava no espelho! Não precisa ver o
reflexo de uma pessoa vazia, pois sabia como elas eram. Ele conhecia várias,
inclusive ele mesmo. Não sabia á quanto tempo não olhava o próprio rosto, nem
lembrava direito como era seu rosto. Evitava espelhos, vitrines, água, qualquer
coisa que mostrasse o quanto estava se decompondo <st1:personname productid="em vida. Faltavam" w:st="on">em vida. Faltavam</st1:personname> só
os germes, ou não, afinal, dentro dele crescia monstros inimagináveis que ele
imaginava, e eram seus monstros, seus vermes, seus germes, comendo sua carne
pouco á pouco, se alimentando de seus alimentos, roubando sua energia, sua
vida, seu corpo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;">Madrugada
se estendendo e ele estendido no chão, olhando pela janela tentando enxergar
estrelas num céu cinza de fumaça e poluição vinda da modernidade, da evolução
do homem, esse ser inteligente que cria coisas maravilhosas e depois descobre
que essas coisas fazem mal, e depois cria leis regulando essas coisas, e depois
descobre o jeito brasileiro de burlar essas leis. Ás vezes até via uma ou outra
estrela, parada, sozinha, fixa no céu, como ele, fixo ao chão. Chegou a fazer
um pedido para a estrela. Pediu que ela caísse, se jogasse, se atirasse, para
então ele poder fazer um pedido. E, idiota, se perguntou o que pediria para uma
estrela cadente, uma estrela á beira da morte, se esse pedido realmente fosse
atendido? Pediria paz interior, pra acabar com essa guerra dentro dele, esse
duelo entre o coração e o cérebro? Um amor, dois, vários amores, pra poder
esquecer que era sozinho, pra poder culpar alguém, pra ter ao menos alguém pra
brigar de vez enquando? Um carro para poder sair e rodar pelas ruas olhando o
movimento como centenas de pessoas fazem? E se centenas de pessoas fazem deve
ser bom, deve fazer bem pra alma, ou como muitas coisas na vida elas só fazem
porque os outros fazem? Um emprego, pois o seu dinheiro estava acabando seis
meses depois de ter chamado seu chefe de filho da puta escroto?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;">Imerso
nesse pensamento de que poderia fazer um pedido se uma estrela resolvesse se
atirar, chegou a cochilar por alguns minutos, aquele sono onde você sabe que
não está acordado, mas sabe que não está dormindo. E logo acordava, num susto,
num espasmo, como se tivessem cutucado ele, cravado algo, ou simplesmente
chamado seu nome. Sempre acordava assim, na maioria das vezes era o seu nome.
Sempre tinha a sensação de alguém chamando por ele na rua, na porta, no seu
quarto. Não sabia se era alucinação, chamado de algum espírito ou simplesmente
lembrança de um tempo remoto, quando pessoas falavam seu nome. Tentou lembrar a
ultima vez que ouviu alguém falar seu nome e não conseguiu. Talvez tenha sido
no banco quando o caixa chamou (ou foi um número que ele disse?), talvez tenha
sido o filho da puta escroto de seu patrão quando disse que ele acabaria se
destruindo sozinho num quarto imundo? Seria seu patrão um profeta, um vidente
ou algo do gênero? Pois ele realmente estava se destruindo, sozinho, e seu
quarto estava imundo. Tocos e cinzas de cigarros mentolados pelo chão como estrelas
no céu, pensou e riu e levantou e tirou a roupa e foi pra janela tentar esperar
a estrela cometer suicídio. Sentiu o frio da madrugada no corpo nu, magro, mas
bem definido, bonito até. Perguntava-se por que estava sozinho se era até
atraente, legal com as pessoas legais, e dava atenção pras pessoas que mereciam
sua atenção? E lembrou que o problema não era ele, eram os outros. Bobos,
hipócritas, mentirosos, invejosos. Não queria fazer parte disso! E se pra ter
alguém ele tivesse que fingir que estava contente com a maneira dos humanos
fingirem que tudo estava bem, ele preferia ficar sozinho. Na verdade preferia
ir embora, sumir, não agüentar mais nada... E podia fazer isso! Foi de repente
que isso lhe ocorreu, como a voz que chamava seu nome quando dormia, ouviu a si
mesmo dizendo: fuja! Debruçou-se na janela do quinto andar e lembrou de uma das
músicas que ouvia: <i>Ela se jogou da janela
do quinto andar</i> dizia a letra, e parecia tão lindo, tão poético, tão
incrível voar por alguns segundos em direção a liberdade infinita, ao
desconhecido e que Deus queira que seja melhor que esse lugar conhecido onde
vivo e preferia não ter conhecido.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;">Pegou
papel e caneta e ia começar á escrever um bilhete de despedida, mas não tinha
pra quem deixar bilhete algum, não tinha também nada pra dizer, e se tivesse
ninguém entenderia mesmo, porque as pessoas só querem pensar e entender aquilo
que julgam lhe fazer bem, sem se importar se faz bem ou mal pros outros. E o
que ele faria não faria mal algum á ninguém, nem á ele mesmo esperava. Largou a
caneta amassou o papel acendeu o cigarro respirou fundo engoliu coragem vomitou
seu medo transpirava expectativa. O que aconteceria depois? Uma nova vida?
Nada? Qualquer coisa seria melhor do que aquilo que chamava de sua vida. Sentou
na janela, olho para os carros lá em baixo, as pessoas dando voltas em torno do
mundo tentando achar seu lugar como ele um dia tentou e não conseguiu
encontrar. Olhou para as estrelas, para a mais brilhante delas, e ainda pensou
antes de pular, que se uma estrela tivesse caído e realizado algum dos seus
desejos, tudo poderia ter sido diferente, talvez ele pudesse ser salvo. E então
pulou, se atirou, caiu de olhos fechados imaginando voar, enquanto lá no alto,
uma estrela fez um pedido!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 19px;">Autor: Patrick Prade</span></div>
Sandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-44520697507776436832013-04-13T09:32:00.000-07:002013-04-13T09:32:46.102-07:00<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u><span style="font-size: 16.0pt;">Vômito</span></u></b><i><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Ele já não agüentava mais! Tinha bebido todas as
cervejas naquele bar enfumaçado cheio de bêbados escrotos que tentavam esquecer
a vida desgraçada que levavam. Sentia algo na sua garganta, tão forte que doía,
parecia rasgar as amídalas e tentava fugir. Mas não era um grito, era mais, era
muito maior, tinha muito mais do que um simples ‘ai’ preso naquela garganta,
naquele coração. Sabia ter chegado a hora, não dava mais para adiar. Chegou no
quarto, pegou o telefone. Eram 2h30min da madrugada de sábado, sempre sábado,
que é quando as pessoas percebem o quanto estão sozinhas. Não se importou de
acordar o objeto de sua infelicidade. Não importava se ele tinha que acordar
cedo no outro dia, afinal, ele próprio não iria nem dormir. Tempo era algo que
ele não se importava mais, tempo era algo que sobrava pra ele que passava as
noites em claro, engolindo o vomito que agora insistia <st1:personname productid="em sair. Chega" w:st="on">em sair. Chega</st1:personname> uma hora
que não dá para adiar e você tem que criar coragem pra fazer o que tem que ser
feito. Nada se faz sozinho, e ele, tremendo, discou o número, e esperou o
telefone chamar quatro vezes antes de ouvir o ‘alô’ sonolento do outro lado da
linha, com aquela voz que tanto amava ouvir e agora não lhe causava nada á não
ser nojo. Pediu, tentando esconder o choro, que ele não falasse nada, apenas
escutasse, e começou a colocar pra fora tudo o que tinha no coração:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Eu amava você, desde cedo aprendi a
amar você, isso á algo natural, e até bem pouco tempo atrás eu ainda te amava.
Agora, não sei o que sinto, nem sei se sinto algo. Você foi parte importante de
minha vida, isso eu não nego, e isso você sabe, nem precisava dizer, mas eu
disse porra, eu disse ta? Você está me ouvindo? Ótimo, fique quieto, porque é
assim que quero me lembrar de você: o cara que nunca falou nada! Sabe que eu
estudei, trabalhei, fiz tudo na minha vida pra você me amar e ter orgulho de
mim, mas parece que nunca era o suficiente. Não foi suficiente, mesmo assim
você me deixou, depois de tantos anos eu me vejo sozinho no mundo que eu
construí pra você gostar de mim.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Chorou um pouco, na verdade muito, mas
não o suficiente. E sentia que no outro lado da linha também havia choro, mas o
outro tentava disfarçar. Ele sabia que o outro nunca gostara de demonstrar seus
sentimentos. Sempre foi uma pedra de gelo com todos que tentavam se aproximar. Engoliu
o choro, pediu desculpas e continuou:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“ Tudo o que eu fiz foi destruído
quando você foi embora. Você não pensou em ninguém quando partiu, apenas <st1:personname productid="em voc↑. O" w:st="on">em você. O</st1:personname> que você tinha não
era o bastante e você trocou tudo por outra vida. Não te culpo, saiba que não.
Eu também se pudesse trocava essa minha vida por outra, mas eu penso nos
outros, ao contrário de você. Não estou dizendo que você teria que ficar aqui
se estava infeliz, mas podia ao menos explicar, conversar, tentar nos fazer
entender o que estava acontecendo. Mas você não sabe ser assim. Você fez tudo
pelas costas, escondido e simplesmente partiu. Partiu meu coração também. Você
sabe que sempre foi uma inspiração pra mim, eu queria ser melhor, eu queria ser
bom pra você ter orgulho de mim. Eu amava você até descobrir que você era um
covarde. No seu lugar, qualquer pessoa com dignidade sentaria e conversaria,
mas fugir é melhor não é? Melhor pra você, apenas pra você. Lembro quantas
noites você me dizia que estaria sempre ao meu lado e não me deixaria nada
faltar. Hoje estou aqui nesta pensão barata, cheia de baratas, que eu nem sei
como vou pagar. Tenho apenas minha mochila com algumas roupas e esse celular
que você me deu quando ainda estava do meu lado, quando ainda gostava de mim.
Não agüentei ficar naquela casa. Era um inferno andar por ela e saber que não
cruzaria por você pelos corredores me dizendo o que fazer. Era impossível
assistir televisão naquele sofá onde você me fazia dormir com suas historias absurdas,
que me faziam rir. Você sempre foi um péssimo mentiroso, não sei como não
percebi quando você mentia que me amava.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ouvia o choro do outro lado da linha.
Dessa vez o outro não conseguiu disfarçar. Ouviu o outro pedir pra ele parar,
mas ele sabia que não podia parar. Agora era a hora de dizer tudo, pois não
sabia o que faria amanhã, nem depois. Só sabia que nesse momento deveria dizer
tudo, talvez esse fosse o momento mais verdadeiro que os dois tiveram até
então.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ignorando
o pedido, e as tentativas frustradas do outro de se explicar, ele seguiu:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Cala a boca! Agora é minha vez de te
mandar calar a boca! Você teve oportunidade de se explicar e não o fez, agora é
tarde, tudo já foi destruído, tudo acabou. Você fez sua escolha e eu não faço
parte dela. Então vou procurar o meu lugar no mundo, vou buscar um meio de
reconstruir tudo de uma maneira diferente, sem me espelhar <st1:personname productid="em voc↑. N ̄o" w:st="on">em você. Não</st1:personname> quero nunca
ser como você. Lembro quando você e eu havíamos brigado uma vez. Ficamos uma
semana sem nos falar, mas eu sabia que você estava lá. Ouvia o barulho da
porta, do chuveiro, sabia que você estava presente. Até o dia em que você me
procurou e disse que não podíamos continuar assim, que tínhamos que fazer dar
certo porque nos amávamos. Então fomos acampar e nos divertimos muito. E
olhando as estrelas você disse que sempre que algo entre nós não estivesse bem,
deveríamos sentar e conversar, e então voltaríamos naquele lago e pescaríamos
de novo. Nunca mais fomos pescar, porque nunca mais brigamos. Não houve tempo de
brigar. Eu cheguei em casa e você não estava lá. Nunca mais esteve. No inicio
achei que logo você voltaria e conversaríamos e iríamos pescar de novo. Fiquei
dias olhando as fotos da pescaria, imaginando que dessa vez seria melhor, que
eu levaria repelente e não voltaria pra casa todo picado de insetos. Mas os
dias foram passando,e a esperança também, até que percebi que você não voltaria
mais. Dizer aos amigos que eu não sabia nada mais a seu respeito, que você
simplesmente tinha sumido era difícil. No começo disse que você tinha ido
trabalhar em outra cidade, e então aos poucos, para alguns, dizia a verdade,
que você tinha me trocado. Pra outros eu dizia que você havia morrido, e por
vezes me peguei rezando pra que isso ocorresse. Desculpe, mas é verdade! E hoje
faz um ano. Um ano que você saiu de casa e um ano que eu nunca mais te vi. E um
ano que nunca entrei <st1:personname productid="em contato. Agentei" w:st="on">em
contato. Agüentei</st1:personname> um ano e agora sei que agüento uma vida
inteira sem você. Não sou o único á passar por isso, mas parece que sou o único
que nunca imaginava essa possibilidade. Realmente acreditei que veria você
envelhecer ao meu lado. Vou embora pra outro lugar, não sei o que fazer mas sei
que vou me virar. Apesar de tudo, foi bom fazer parte de sua vida até um anos
atrás, mas hoje você morreu pra mim. Descanse em paz!”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Desligou o telefone, chorou mais um pouco. Jogou as
fotografias que tinha no lixo do quarto, juntou suas roupas na mochila e fugiu
da pensão pela janela pois não tinha dinheiro pra pagar. E foi nesse dia, que
aos 16 anos ele falou pela última vez com seu pai.<span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span><br />
<br />
<div style="text-align: right;">
Patrick Prade</div>
<br /></div>
Sandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-45164053686957793712013-01-29T07:42:00.003-08:002013-01-29T07:42:27.043-08:00<br />
<h2 style="text-align: center;">
<b><span style="color: #20124d; font-size: x-large;">Parados</span></b></h2>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0px;">
<span style="text-indent: 35.4pt;">Ele
chegou na parada de ônibus e a viu. Tinha que falar com ela, era uma
oportunidade única. E então começou o diálogo:</span></div>
<div class="MsoNormal">
-Você vem sempre aqui?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Fala sério? Esse papo ainda
funciona nos dias de hoje?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Calma, eu só estava querendo
puxar assunto, e não queria falar do calor que está fazendo, como todo mundo
faz pra puxar assunto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Então resolveu perguntar se
eu venho sempre aqui nesta parada de ônibus?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Ok, ficou ridículo, eu sei.
Podemos recomeçar?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Não, não tenho tempo, nem
interesse...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Sem tempo? Mas o próximo
ônibus só passa daqui uns 15 minutos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Quinze minutos que eu uso
pra pensar sobre minha vida ao invés de dar assunto á estranhos...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-E o que você está pensando
agora?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Penso em ir embora á pé...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Nossa, que dificuldade de te
conhecer.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Eu não converso com
estranhos!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Então como as pessoas deixam
de ser estranhas pra você? Como você conheceu quem você conhece hoje?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Olha amigo, se você não
parar, eu serei obrigada a chamar alguém.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Quem você chamaria? Estamos
só nós dois aqui e eu estou tentando manter um diálogo.Porque não usa esses
minutos para me falar de sua vida ao invés de só pensar nela. Divida comigo
seus pensamentos!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-É preciso de duas pessoas
pra haver um diálogo. Você está fazendo um monólogo...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Não mesmo, porque você está
conversando comigo agora...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Ok, então não direi mais
nada!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Acho meio difícil. Mulheres bonitas
costumam falar bastante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-E os homens feios também.
Tentam mostrar inteligência para suprir a falta de beleza exterior. Você é
interessante, deve ter alguém na cidade disposto a ouvir seus papos, mas não
eu, está bem?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Viu? Você falou...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Meus Deus, que chatice! Quer
saber, fique aí fazendo seu monólogo, que eu vou embora á pé. Boa noite.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Espere, não precisa ser
assim. Eu fico quieto! Você não precisa caminhar 40 minutos só por isso!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Como você sabe que levo 40
minutos caminhando até minha casa?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Sei onde você mora! Já
passei lá algumas vezes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Você anda me seguindo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Não foi o que eu disse!
Passei por lá sem querer e vi você. Hoje você está um pouco diferente, mas continua
bonita.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Você me assusta. Vou mesmo á
pé!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Por favor, não vá! Eu paro
de falar e fico aqui só te ouvindo, ok?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Eu não preciso de alguém que
me escute! Eu preciso ficar em silêncio e tentar entender o porque ainda estou
aqui conversando com você!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Ok, não quero lhe aborrecer
mais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Eu sinto muito. Não quis ser
rude, mas hoje o meu dia não foi fácil. Além de muito trabalho, ainda vi um
acidente que me chocou...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Pois eu fiquei sabendo, foi
a poucas quadras daqui.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Você disse que ia ficar
quieto! Onde estão os ônibus? Estão em greve?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Calma, devem estar
atrasados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Ainda acho que deveria ter
ido caminhando.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Como foi o acidente?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Como?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-O acidente que você falou
que viu...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Bem, na verdade eu não vi.
Estava passando quando vi a multidão em torno de um carro, em cima da calçada.
Parece que o motorista perdeu o controle e subiu na calçada atropelando uma
jovem, que morreu na hora. Foi isso que ouvi alguém comentando, e nada mais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Ele teve um ataque do
coração, por isso perdeu o controle.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Quem? O motorista? Como você
sabe? Se já sabia, por que me perguntou?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Eu também ouvi comentários.
Ele morreu antes dela. Quando subiu a calçada já estava morto. Acredito que se
desse tempo ele teria evitado atropelar a moça.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Olha amigo, esse papo está
me dando arrepios. Vou ligar pro 0800 da empresa de ônibus e perguntar que fim
eles levaram...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Aqui não tem sinal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Tem sim! Eu sempre uso o
celular aqui. Nossa! Está sem sinal mesmo... Que estranho. Não me faltava mais
nada. Estou começando a ficar nervosa e angustiada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Isso passa, daqui a pouco
você ficará melhor!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Tem algo estranho. A cidade
parece deserta!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Ele não sabia que ia matar
ela...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-O quê? Você ainda está
falando disso? Porque você está chorando?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Não é nada. Eu sinto muito,
me perdoa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Tudo bem. Pode chorar, mas
me explica pelo menos o motivo. Você conhecia a jovem, ou o motorista?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Mais ou menos. Só me perdoa.
Eu não queria te deixar preocupada. Mas não sei como te explicar o que
aconteceu...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Você é mesmo estranho
demais! Está aí chorando sem motivo e ainda me pede desculpas. Esse dia está
sendo formidável! E pra ajudar nem o ônibus aparece!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Ele não virá...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Quem? Como assim não virá?
Porque?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Eu sinto muito. Me desculpe,
por favor!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Pára de chorar assim, está
me dando medo. Porque está chorando?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Porque eu não queria fazer o
que fiz! Foi sem querer. Me desculpe, só o que eu te peço!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Do que está falando? E
porque o ônibus não virá?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Porque mortos não pegam
ônibus...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Patrick Prade</div>
Sandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-34915151805985579832012-12-12T05:18:00.001-08:002012-12-12T05:18:13.627-08:00Uma vida<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Hoje em dia os seres humanos têm olhos para ver somente o que é lindo por
fora, cada um com suas verdades fazendo suas próprias leis julgando, condenando,
tirando a vida uns aos outros pela ganância o ouro, a prata, a riqueza
crescendo de um dia para o outro pisando humilhando aqueles que plantam e
alimentam.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Limpam seus caminhos, suas mansões, tornando escravos aqueles que buscam
uma vida melhor para sua família, seus filhos. Os anos passam a velhice chega
já cansados doentes abandonados vivem em leitos em algum lugar em uma casa
trancada ou perambulando pelas ruas esquecidos pela sociedade pela família... Onde
tudo se transforma em lembranças guardadas do passado... Hoje só a tristeza, a
dor, o abandono, a solidão de uma vida vivida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Jari L. Lucas</div>
ORFEUhttp://www.blogger.com/profile/01540840488482255648noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-62879649127388840492012-11-25T12:25:00.004-08:002013-01-29T07:45:08.284-08:00Oficina de Artes - Pintura coletiva em tecido<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfRlccTTqFyRDYxb2_ULYrgFHn7PcebS95lKbi-sJ2_mHO_WASP-3rfzHmKOa6n0lhrYUIM9Zsr_AicjjJ2L85dPs9yYENhyphenhyphenyLt8jQuHDjwv2Ask3pTyaeLFhYU2sZ9h9GMJyFUiJqI6eu/s1600/PB140077.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfRlccTTqFyRDYxb2_ULYrgFHn7PcebS95lKbi-sJ2_mHO_WASP-3rfzHmKOa6n0lhrYUIM9Zsr_AicjjJ2L85dPs9yYENhyphenhyphenyLt8jQuHDjwv2Ask3pTyaeLFhYU2sZ9h9GMJyFUiJqI6eu/s320/PB140077.JPG" width="163" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjweAC8LYcdDYtVDZRir4m-FnoAJd7jI1QqJuW6Vlo_Xza3Ql3o_xLT63VF42JiOqr2NPmPmj8xNHeQmmEQHX_NXefQBW7M799HVLTbOqRseRYl5KZWglh9TaITY3EiXxnlMpPAWLjYv4i1/s1600/PB140080.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjweAC8LYcdDYtVDZRir4m-FnoAJd7jI1QqJuW6Vlo_Xza3Ql3o_xLT63VF42JiOqr2NPmPmj8xNHeQmmEQHX_NXefQBW7M799HVLTbOqRseRYl5KZWglh9TaITY3EiXxnlMpPAWLjYv4i1/s320/PB140080.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXUT-itrKeB1NdRyCMVumC9ygPTKT-Ngo5IRQ3OELtuu_tMbmLa6OMsrGeHttoSThp0wzSQ2MB_jbeSdFJJeDIbnKW-c18QvvVwKAH18waAR9nipXYWthPTKhltkO2oPq_btfgBg6PIcI2/s1600/PB140079.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXUT-itrKeB1NdRyCMVumC9ygPTKT-Ngo5IRQ3OELtuu_tMbmLa6OMsrGeHttoSThp0wzSQ2MB_jbeSdFJJeDIbnKW-c18QvvVwKAH18waAR9nipXYWthPTKhltkO2oPq_btfgBg6PIcI2/s320/PB140079.JPG" width="320" /></a></div>
<br />Sandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-70796102174416529532012-11-15T08:19:00.000-08:002012-11-21T05:09:19.485-08:00<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u>Carta Anônima<o:p></o:p></u></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Chegara cansada, mas feliz, no seu luxuoso apartamento
no sexto andar de um dos prédios mais luxuosos de São Paulo, e caro também.
Porque o bonito custa caro, embora nem sempre valha mais. O apartamento 603
tinha uma vista maravilhosa nos fins de tarde, quando ela chegou. Cheia de
sacolas, abriu a porta e viu o envelope no chão. Largou as sacolas e chamou a
empregada para levá-las á sua suíte. Pegou o envelope e entrou no escritório de
seu pai. Seu pai era um rico bancário, além de possuir inúmeros imóveis
espalhados pela cidade. Seus pais estavam viajando e ela aproveitara para
passar o dia fazendo compras e arrumando os últimos detalhes do seu casamento.
Noivara cedo, aos 19 anos e agora estava com o casamento marcado para dali á
duas semanas. Seu noivo, também jovem e de alta classe viria mais tarde passar
a noite com ela, aproveitando a ausência dos pais. Nos outros dias, ia embora
antes da meia noite para não gerar fofocas entre a sociedade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Notou que a carta não tinha remetente e isso a deixou mais
curiosa. Serviu um copo de uísque e sentou na poltrona de seu pai para ler a
carta. Abriu aflita e começou a ler:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><i>“Querida amiga, venho através desta carta lhe contar
algo que me tem tirado o sono e agora não posso mais esconder. Minha intenção
não é destruir seu relacionamento, mas sim lhe contar a verdade antes que seja
tarde demais. O que vou contar não foi me dito por ninguém, mas visto com meus
próprios olhos, e me dói muito ter que ser eu a lhe dar a notícia.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><i>Da janela de meu apartamento, tenho uma vista de
alguns bares noturnos que ficam á alguns quarteirões de minha casa. Ganhei de
meu pai um binóculo para nossas férias na África, e certa noite estava
observando o movimento destes bares, quando vi o carro de seu noivo em uma das
ruas. Apesar de não ter visto seu noivo, e apenas o carro, anotei a placa e
resolvi conferir nas noites seguintes antes de falar algo sem razão. Nas noites
seguintes, ele sempre estava lá. Sinto muito mesmo, mas na terceira noite vi o
seu noivo com outra menina. Uma jovem com não mais de 20 anos, provavelmente do
subúrbio, pelo modo que se vestia. A cena se repetiu por várias noites: eles
chegavam, sentavam em uma mesa, bebiam algumas cervejas e ficavam de beijos e
abraços. Em algumas noites eles entravam no carro e se dirigiam para um hotel
de quinta categoria que fica na esquina deste bar.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><i>Sinto muito mesmo, peço que acredite no que estou te
contando, e se duvidar, investigue. Não posso lhe fornecer o nome do bar nem
sua localização porque assim você também descobriria quem sou eu, e não quero
que me identifique. Não teria coragem de lhe contar tudo isso pessoalmente.
Minha intenção é de lhe ajudar, e não estragar sua vida. <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><i>Vou finalizar por aqui. Agora que você sabe a verdade,
deixo a decisão em suas mãos, e nunca contarei pra ninguém o que se passou,
caso você resolva seguir com esse relacionamento.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><i>Boa sorte.”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Ela não conseguia respirar. Parecia um pesadelo e ela
não via a hora de acordar. Tomou todo o uísque em um só gole e se levantou.
Tentou imaginar qual de suas amigas teria enviado a carta, tentou lembrar
quantas vezes ligou pro namorado depois que ele saia de sua casa e o telefone
estava desligado. Tudo ao mesmo tempo passava pela sua cabeça. Encheu outro
copo e depois mais um. Juntando as peças logo viu que não seria impossível o
que a pessoa da carta afirmava. Embora não quisesse acreditar, a raiva dentro
dela fazia crescer a dúvida. Não podia imaginar Ricardo com outra garota! Era
torturante. Sempre confiou nele, e não entenderia porque ele procuraria outra
pessoa. Ela era bonita, jovem, rica, dava tudo o que ele queria e um pouco mais
até. Porque as pessoas traem? Ela se perguntava sem conseguir encontrar a
resposta. Onde foi que eu errei?, ela pensava, assim como a maioria das pessoas
vítimas de traição, que sempre acham que a culpa é sua, e não da outra pessoa
que trocou um relacionamento perfeito por uma aventura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Faltava pouco para Ricardo chegar. A noite já havia
tomado conta da cidade e o ódio já havia tomado conta dela. Não ia deixar
assim! Tinha que fazer justiça, ou se vingar, seja lá qual for à diferença.
Abriu a gaveta da mesa do pai e encontrou o fundo falso. Ela sabia o que
procurava, e encontrou a arma de seu pai. Estava descarregada, mas encontrar as
balas não foi difícil. Carregou a arma e guardou-a na gaveta de cima. Ficou
ali, se olhando no reflexo do vidro, com a maquiagem escorrendo. Lágrimas
negras de um amor traído. A empregada anunciou a chegada de Ricardo e ela ouviu
a porta sendo aberta.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
-
Onde está minha amada Julieta? – Ele perguntou animado para a empregada, e
estranhou quando soube que ela se encontrava no escritório.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entrou
e estranhou mais ainda a escuridão. Acendeu a luz e a viu de um jeito como
nunca havia visto antes. Parecia que estava diante de outra pessoa. Ela, amarga
e cheia de ódio, borrada pela maquiagem e meio embriagada foi direto ao
assunto: “Descobri tudo Ricardo!”. Ele, meio assustado e perdido perguntou:
“Tudo o que? O que aconteceu meu amor?”. Esse ar de
‘não-sei-o-que-está-acontecendo’ deixou ela com mais raiva ainda. Tanta raiva
que pegou a arma da gaveta e apontou para o homem que mais amava no mundo, mais
até que o seu próprio pai. O homem que havia dividido seus sonhos e entregara
sua pureza, seu tempo e sua vida, não teve tempo de falar mais nada. Foi atingido
duas vezes, no coração e na cabeça. A empregada entrara no correndo no escritório
e também foi vitima da pontaria perfeita da moça, que praticara tiro ao alvo
por insistência de seu pai. “É para sua proteção, é para seu bem!”, ele dizia.
Com dois corpos á sua frente, ela encheu mais um copo, acendeu um cigarro e
abriu a janela que ocupava quase a parede inteira do escritório. Um forte vento
entrou e sacudia as cortinas e seu vestido todo branco, transformando aquele
apartamento num cenário de filme <i>noir </i>dos
anos 50. Fumou um cigarro sentindo o vento frio no seu corpo, e imaginando as
manchetes do outro dia nos jornais sedentos por sangue. “Agora eles tem sangue
suficiente para uma semana!” pensou antes de largar o copo vazio e pegar
novamente a arma. Apontou para a própria cabeça e sorriu antes de apertar o
gatilho e espalhar um pouco mais de sangue no cenário. O vento continuava forte
e levou a carta anônima, que dançou pela escuridão da noite antes de repousar
no rio que corria alguns quarteirões abaixo daquela cena que nunca seria
explicada. Ficou apenas o envelope sem remetente caído no chão, sobre o sangue do
casal rico, misturado com o da empregada pobre. O sangue era igual. E o sangue
manchou o envelope, ocultando também o destinatário: a moça do apartamento 604,
que vai se casar no próximo fim de semana, com um homem infiel.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Patrick Prade</div>
Sandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-5377643322310983812011-09-27T16:50:00.000-07:002011-09-27T16:51:52.019-07:00Oficina de Arte<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigGI6R8DzIl5rpQiClAMpd-4o3LSvpfq6302A30hQxHf2QDjNXiva2F72zlsmUb-uWk9exXm07RdZX4n15DUqwUHSu3MVZcpbLsQVu7t6sUIQqF-hyk3ESDPAd42XP9kxbrcsJYMk5Efqf/s1600/DSC06943.JPG"><img style="WIDTH: 320px; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5657191321902884466" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigGI6R8DzIl5rpQiClAMpd-4o3LSvpfq6302A30hQxHf2QDjNXiva2F72zlsmUb-uWk9exXm07RdZX4n15DUqwUHSu3MVZcpbLsQVu7t6sUIQqF-hyk3ESDPAd42XP9kxbrcsJYMk5Efqf/s320/DSC06943.JPG" /></a><br /><br /><div></div>Sandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-80638890855251643992011-09-27T16:47:00.000-07:002011-09-27T16:49:11.424-07:0023 anos do CAPS!CAPS 23 anos.<br /><br />No dia 10 de julho de 2002, completava 23 anos de lutas e conquistas... Subi e desci muitos degraus da vida, amei, chorei, rezei, brinquei, fui mãe por 3 vezes...<br />Vinte três anos de plena juventude, mas já com uma grande carga nas costas, muitos já passaram por aqui e deixaram saudades, outros levaram um pedaço de mim junto com eles...<br />Tantos sonhos, tanta esperança, tantas alegrias, amigos, liberdade. Ah! Minha liberdade era tão preciosa e eu não sabia... Eu era feliz e não sabia, vivia sonhando em ser feliz e esqueci de viver meu bom momento... Eu era uma mulher bonita, alegre, feliz, sonhadora. Foi um ano de revoluções.<br /><br />Sandra CardosoSandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-31506449694551688102011-09-27T16:45:00.000-07:002011-09-27T16:47:25.135-07:0023 anos do CAPS!<span style="font-family:georgia;">Os meus vinte e três anos...<br /><br />Ai! “Que saudades me dá” !<br />Quanto encantamento!<br />Quanta felicidade!<br />Estava casada, naquele momento estava feliz.<br />Passeava, cantava, saiamos com amigos.<br />Acampávamos na lagoa de Tapes. Lá ocorreu um fato curioso.<br />Num ano novo fizemos lentilha e o povo de lá sentiu o cheiro gostoso chegando às barracas. Qual foi nossa surpresa, quando de repente surgiram vários amigos com formas que continham churrasco para trocarem por lentilha.<br />Coisas tão simples, mas que naquele momento transformaram-se em grandes amizades. Naquele ano, tive minha primeira filha, Grasiela corria livre entre a areia e os arbustos das árvores. Encantava-me com aquele lugar, onde todos eram amigos. Ali ainda dava-se Bom dia! Perguntava-se... Dormiu bem? Quer alguma ajuda?<br />Ah! Eu era feliz e sabia. Não é incrível?<br /><br />Sandra Schimitz</span>Sandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-88130621640387797552011-06-09T17:42:00.001-07:002011-06-09T17:42:54.467-07:00O que gostaria que voltasse...<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">O bom-dia!</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">O como vai?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">O obrigado!</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">Com licença!</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">Você precisa de ajuda?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">Coisas do cotidiano, mas de grande importância.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">Comece a olhar em sua volta, você vai descobrir</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">que parecem atos já esquecidos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">Comece agora a modificar o seu dia. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">Verá que ele não é de um todo, às vezes tão ruim como você pensa.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">Você é que faz o começo de tudo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">Sorria!</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">E tenha um bom-dia!</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">Sandra Schimitz</span></div>ORFEUhttp://www.blogger.com/profile/01540840488482255648noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-14703964427867039462011-05-27T14:15:00.000-07:002011-05-27T14:16:07.656-07:00Do lado de lá<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Do lado de cá a vida sai.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Do lado de lá a vida entra.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O lado de lá é generoso, fiel e substrato.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na generosidade que encontro no caminho</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">ilumino minha vida.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No meu azul e no teu rosa.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No rosa do teu sorriso, </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">ilumino minha vida.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Maria Ione Drago</span></div>ORFEUhttp://www.blogger.com/profile/01540840488482255648noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-30109427837728383932011-05-22T16:00:00.001-07:002011-05-22T16:00:25.598-07:00<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">Sou metal</span></b></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">Sou o metal que oxida.</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">Sou o metal que fere.</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">Sou o metal que entorta.</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">Sou o metal que derrete.</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">Sou o metal que sustenta</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">Sou o metal que não inventa.</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">Sou o metal que cria...</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">Anderson Becker</span></i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div>ORFEUhttp://www.blogger.com/profile/01540840488482255648noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-79985288453885317912011-05-03T15:29:00.000-07:002011-05-22T15:59:44.737-07:00Oficina de Palavras<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">Deus</span></b></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">Deus é tudo.</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">O infinito</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">O importante</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">O mais bonito</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">O Ito</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">e até o cabrito.</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">O poderoso</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">O incrível</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">e até o inconcebível.</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Trebuchet MS";">Clairton dos Santos</span></i></div>ORFEUhttp://www.blogger.com/profile/01540840488482255648noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-32864218573455309202011-03-15T07:08:00.000-07:002011-03-15T07:08:22.197-07:00Entendimentos do Black"Para estar junto não é preciso estar perto e sim<br />
do lado de dentro".<br />
<br />
Leonardo da vinci<br />
<br />
Indicação do BlackORFEUhttp://www.blogger.com/profile/01540840488482255648noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-4500557861409777942011-03-15T06:54:00.000-07:002011-03-15T06:54:54.941-07:00Sonhos de um adultoMeu sonho é morar no estados unidos e mandar comida para o Rio Grande do sul.<br />
<br />
Eliseu Arcanjo de Sá <br />
ORFEUhttp://www.blogger.com/profile/01540840488482255648noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-72049372086858513802011-03-15T06:44:00.001-07:002011-03-15T06:51:17.370-07:00IntensaSer intensa é...<br />Amar muito,<br />Ser forte,<br />Ser competitiva<br />É um desafio diário<br />É uma caminhada para novas descobertas<br />É a atenção, o cuidado, é o carinho<br />É saber que temos amigos<br />Amigos que traçam metas<br />Metas que vamos trilhar juntos (as)<br />A amizade é uma forma intensa de amor.<br /><br /><br />Sandra SchmitzSandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-39355506915620949272011-03-14T16:56:00.000-07:002011-03-14T16:56:48.634-07:00Carnaval!!<div style="text-align: center;">Doutor eu não me engano</div><div style="text-align: center;">só fico no CAPS até o fim do ano.</div><div style="text-align: center;">No próximo Carnaval eu quero estar bem,</div><div style="text-align: center;">curtir e curtir o ano que vem.</div><div style="text-align: center;">Fazer muita folia e vestir uma fantasia que me caia bem,</div><div style="text-align: center;">com muita alegria embalado pela música,</div><div style="text-align: center;">vou cruzar os obstáculos que cruzei um dia.</div><div style="text-align: center;">E lá vamos nós</div><div style="text-align: center;">com toda essa folia</div><div style="text-align: center;">curtir essa magia</div><div style="text-align: center;">que nos alegra e contagia.</div><div style="text-align: center;">Carnaval é alegria</div><div style="text-align: center;">participe da Oficina de Poesia.</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Marchinha de carnaval produzida na Oficina de Poesia</div>ORFEUhttp://www.blogger.com/profile/01540840488482255648noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-33576593081580136032011-02-09T16:11:00.001-08:002011-02-09T16:12:47.260-08:00Desenhe a Vida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpG1dm6_392-oqFZJiV_FpmE6kYwGSqsCE74b6eXOg1G2NHd04toEOpDZlONYghA26X_1aRjEyKs6cMmpiIizCmGWGCiT_RNvQDJ4qnIU2cizsINeLan57PWLNjycKO79BiPQAw1rKr9dK/s1600/volnei_-_capsee.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpG1dm6_392-oqFZJiV_FpmE6kYwGSqsCE74b6eXOg1G2NHd04toEOpDZlONYghA26X_1aRjEyKs6cMmpiIizCmGWGCiT_RNvQDJ4qnIU2cizsINeLan57PWLNjycKO79BiPQAw1rKr9dK/s320/volnei_-_capsee.jpeg" width="232" /></a></div>Autor: Volnei Guido AlanoORFEUhttp://www.blogger.com/profile/01540840488482255648noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-47566867745601877372011-02-09T15:49:00.000-08:002011-02-09T15:54:03.354-08:00Personagem da Vida RealDr. Smith não gosta de chuva.<br />
Odeia quando chove. Mais ainda, odeia quando alguém lhe pede dinheiro.<br />
<br />
Dr. Smith gosta de amizade, gosta de animais, pois os animais não o deixam sozinho.<br />
Dr. Smith não gosta de ficar sozinho.<br />
<br />
Dr. Smith gosta de passear ao ar livre, vendo os pássaros, os jardins e a cor da terra.<br />
Gosta muito de contar histórias.<br />
Sente saudade do tempo em que saía com os amigos, ia ao cinema, não estava só.<br />
<br />
Mais saudade sente de sua mãe, do tempo em que sua casa era o céu.<br />
Dr. Smith é uma pessoa qualquer, até mesmo derruba café no pé.<br />
<br />
Autores: Eder Lopes, Pedro Schuster, Renato José Kunzler, Sandra Schmitz e Volnei Alano.ORFEUhttp://www.blogger.com/profile/01540840488482255648noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-61218741731204109542011-02-03T07:39:00.000-08:002011-02-03T07:44:58.428-08:00Santos Gadino e João de Bota são invisíveis, mas têm me acompanhado.<br /><br />Santos Gadino mora em Santo Afonso,<br /><br />e João de Bota é um pistoleiro.<br /><br /><br />Paulo DiasSandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-56530912638931960392011-02-03T07:36:00.000-08:002011-02-09T15:53:24.041-08:00Frases que nos fazem pensar"Qual a diferença entre um poeta da vida e um poeta ?""<br />
<br />
"Um poeta escreve poesia,um poeta da vida vive a vida como uma poesia."<br />
<br />
"Os fracos querem controlar o mundo, os fortes, o seu próprio ser!<br />
<br />
"Os fracos usam armas os fortes as idéias."<br />
<br />
"Quem despreza a dúvida paraliza a sua inteligência".<br />
<br />
"A sabedoria do ser humano não é definida pelo quanto ele nao sabe,mas pelo quanto ele tem consciên<br />
<br />
cia de que nao sabe".<br />
<br />
"O que e mais importante para formar um pensador;A dúvida ou a resposta pronta?<br />
<br />
"A dúvida?"<br />
<br />
Do livro O Futuro da Humanidade do autor Augusto Cury<br />
<br />
Sandra SchmitzSandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-51268620692371410312011-01-25T04:54:00.000-08:002011-01-25T05:00:51.517-08:00Desenhe a VidaA estrada curta da saudade, sem a ajuda de ninguém.<br /><br />A amizade prova que foi amizade.<br /><br />Obrigado nos almoços com a vida.<br /><br />O orgulho deixa de preconceito.<br /><br />Obrigado mulher. Substancial. O homem dormiu e acordou.<br /><br /><br />Milhões sentem a vida. <br /><br />Com o peixe na vida.<br /><br />Com ajuda de verdade, nós e voces. <br /><br />O baú do dinheiro não fomos se quer a vida..<br /><br />Nasce cadeira de melhor amigo.<br /><br />Melhor amigo com a ajuda de voce.<br /><br />Dois a dois. Deus abençoe a tudo. <br /><br />O homem peixou o peixe.<br /><br />Três vezes obrigado. <br /><br />Obrigado Deus. <br /><br />Volnei Guido Alano.Sandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-44142879290321781522011-01-25T04:16:00.000-08:002011-01-25T04:45:24.277-08:00Música e VidaA música faz parte de minha vida;<br />Em alguns momentos ela me faz<br />sentir viva e ao mesmo tempo<br />me deixa calma.<br />O ritmo da música lembra a vida<br />Com a música consigo me descontrair.<br />Neste final de semana me peguei<br />cantando e dançando em casa,e tive<br />uma sensação tão boa,como se a música despertasse em mim, algo<br />que julgava ter esquecido ou que estava adormecido dentro de mim.<br />Pode mudar os ritmos com o passar dos anos,mas a música sempre<br />estará dentro de cada um de nós.<br /><br />Obs;Nesse dia estava ouvindo um clássico Creedence a música que estava<br />cantando e dançando foi; Have you senn the rain<br /><br />Sandra SchmitzSandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-88625326240688898052011-01-18T04:56:00.000-08:002011-01-18T04:57:04.290-08:00Os sonhos de um adulto<p>portugal orgulho da minha gente um sonho de conhecer você.</p><p><br /></p><p>Elizeu Arcanjo de Sá</p>Sandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7033628766041875146.post-53382051532612583412011-01-18T04:11:00.000-08:002011-01-18T04:15:15.092-08:00Os sonhos de um adultoRio Grande do Sul meus sonhos irão com você.<br /><br />Elizeu Arcanjo de SáSandra Schmitzhttp://www.blogger.com/profile/05685867782559859254noreply@blogger.com0